terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A crise aeroportuária

Parece loucura, mas não é. O aeroporto do Piauí passa por reforma milionária mas não recebe voos. Já em Belém, quando chover a pista principal não pode ser usada. Obras em Salvador são interrompidas e lá no Ceará as obras não terminam até a Copa.



No Ceará

O aeroporto de Fortaleza não ficará pronto até a copa e vai contar com um terminal provisório. O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, reconheceu nesta segunda-feira (20) que o Aeroporto de Fortaleza não estará pronto até a Copa do Mundo, em junho deste ano. Até o evento, segundo o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, será construído um terminal provisório, ao custo de R$ 3,5 milhões. Segundo ele, uma das possibilidades é que essa estrutura seja feita de lona.

No Piauí

Parnaíba, a segunda maior cidade do Piauí, tem o único aeroporto internacional do estado. Mas no local só pousam aviões particulares.

No ano passado, o movimento não passou de três mil passageiros, menos de 1% da capacidade.
O aeroporto de Parnaíba está autorizado a receber aviões de grande porte, com capacidade para até 290 passageiros, mas há sete anos não recebe nenhum voo comercial regular.
Em 2010, ele foi reformado. A pista foi ampliada e está entre as maiores do Nordeste. O governo federal investiu aproximadamente R$ 17 milhões na obra. E a manutenção custa quase R$ 4 milhões por ano.
Em Salvador
As obras de ampliação do terminal de passageiros no Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, vão ser interrompidas. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (20) após vistoria feita pelo Ministro Chefe da Aviação Civil, Moreira Franco.
“Se a obra não tivesse atrasado nós já estávamos com a primeira etapa inaugurada e dentro do cronograma original até a segunda etapa, mas ela infelizmente ela está atrasada e a consequência disso é que nós estamos tomando a decisão de não fazer a segunda etapa”, disse.
Em Belém

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu uma nota técnica para a Infraero sobre os novos procedimentos que devem ser adotados em caso de chuva no aeroporto internacional de Belém. O documento foi publicado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
De acordo com a nota, a pista principal do aeroporto de Belém, que tem 2.800 metros, não poderá ser utilizada caso haja acúmulo de água. Nesse caso, as aeronaves de todas as companhias aéreas devem usar a pista auxiliar.
Segundo a Infraero isso não deve causar atrasos e cancelamentos de vôos, como os que foram registrados há duas semanas, nas viagens da TAM. A empresa alegava falta de segurança nos pousos e decolagens no aeroporto de Belém por causa da pista molhada.
A pista auxiliar tem 2.400 metros. Esse procedimento será adotado até que seja solucionado o problema de acúmulo de água na pista principal.
Ainda segundo a Anac, todas as companhias aéreas já foram notificadas sobre o uso da pista auxiliar em caso de chuva forte ou contínua.
Hipocrisia é não dizer que isso é crítico, lamentável e desastroso.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O contraste da segurança aérea nacional

Por um lado se tornamos mais seguros, mas pelo outro, nossas aéreas "voam" com péssima reputação. Aliás, qual o verdadeiro desfecho do nosso nível de segurança?



Olhando algumas notícias de aviação recentemente pude perceber que a aviação brasileira em si começava tendenciosa para o ano de 2014 no quesito segurança aérea, tudo isso por conta do contraste visto na imprensa, vamos aos fatos:

1. Uma notícia que diz que as empresas aéreas TAM e GOL estão entre as mais inseguras do mundo.
2. Uma notícia que diz que a aviação brasileira é uma das mais seguras do mundo.

A questão é que não dá pra se chegar á um veredito com duas notícias tão divergentes, mas vale lembrar que alguns dados são reveladores e nos fazem chegar a conclusões concretas, por exemplo

  • Em 2012 - ano em que houve um recorde de acidentes aéreos -, foram 178 acidentes envolvendo aeronaves com matrícula nacional e 6 com aeronaves de matrícula estrangeira. Número de mortos: 78.

E o mais curioso é que as estimativas do ano de 2013 foram condizentes a realidade. Até julho do ano passado foram 106 acidentes com 42 fatalidades.

E vale lembrar também que:

  • A maior parte dos acidentes não ocorre na aviação regular (que faz o transporte de passageiros por meio de linhas aéreas), mas na geral, como táxi aéreo, aviação agrícola e executiva ou pequenos aviões particulares.
Agora vemos o contraste nesse trecho de outra matéria: "As companhias aéreas brasileiras TAM GOL permanecem entre as 10 mais inseguras do mundo em 2013, de acordo com lista elaborada pela consultoria alemã Jacdec, especializada em aviação".

Agora o ponto final dessa história são os critérios utilizados por tal empresa, como diz neste pequeno trecho abaixo

  • ranking leva em consideração o número de acidentes que as companhias se envolveram em um período de 30 anos, o número de mortos, o pior acidente ao longo desses anos e há quanto tempo a mesma não registra nenhuma perda de aeronave.

Então podemos dizer que nunca nossa aviação foi tão segura? Sim, podemos dizer. E não só em nível nacional, como internacional. O ano de 2013 foi um recorde na história da aviação!

[Redigido por Youssef Brahim]

Fontes: 
  • http://migre.me/hww7m
  • http://migre.me/hwvYm