Terminal é o mais movimentado do País e é considerado uma importante ligação internacionalDivulgação/GRU Airport |
O aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, sofre constantemente com interferências que podem atrapalhar pousos e decolagens ou até causar um acidente. De acordo com controladores de voo e com dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a presença de rádios piratas, balões, aves e o uso de laser na direção dos aviões são os principais problemas enfrentados no terminal mais movimentado do País.
No mês de julho, o aeroporto registrou mais de 25 mil pousos e decolagens, segundo a GRU Airport, que administra o terminal. 26,6% desses voos partem ou chegam de outros países, tornando Guarulhos um hub na América Latina.
No mês de julho, o aeroporto registrou mais de 25 mil pousos e decolagens, segundo a GRU Airport, que administra o terminal. 26,6% desses voos partem ou chegam de outros países, tornando Guarulhos um hub na América Latina.
Guarulhos registrou mais de 25 mil pousos e decolagens em julhoDivulgação/GRU Airport |
Um dos problemas que mais preocupam pilotos e controladores de voo são raios laser apontadas na direção das aeronaves, normalmente na hora do pouso. Dados do Cenipa mostram que de 1º de janeiro até 4 de setembro deste ano foram feitos 62 comunicados desse tipo de interferência. A média é de quase sete casos por mês.
O incidente mais recente reportado ao Cenipa aconteceu no último dia 2. O piloto de um Boeing 777-200, da American Airlines, que chegava de Miami, relatou ter visto alguém a cerca de 1,6 km de distância utilizando raio laser de cor verde. Outro comandante da mesma companhia aérea passou por um problema pior, mas na hora da decolagem, no dia 2 de fevereiro. Ele chegou a relatar que sua visão foi ofuscada por um período de dez segundos.
Quem for flagrado apontando um laser na direção de um avião pode responder por expor a aeronave ao perigo. O crime prevê pena de dois a cinco anos de prisão e pode chegar a 12 anos, no caso de haver acidente.
Balões
A presença de balões nas rotas de pouso e decolagem também é um perigo para as aeronaves. Desde o começo do ano, o Cenipa recebeu 21 reportes. Mais da metade dos incidentes aconteceu nos meses de junho e julho, época de festas juninas. No dia 9 de junho, um piloto da TAM Aviação Executiva por pouco não atingiu um balão.
A presença de balões nas rotas de pouso e decolagem também é um perigo para as aeronaves. Desde o começo do ano, o Cenipa recebeu 21 reportes. Mais da metade dos incidentes aconteceu nos meses de junho e julho, época de festas juninas. No dia 9 de junho, um piloto da TAM Aviação Executiva por pouco não atingiu um balão.
“O balão foi visualizado pelo PF cerca de 2 segundos antes da colisão, o piloto automático foi desligado, e foi efetuada manobra evasiva pela esquerda”, diz o relatório feito pelo piloto do jatinho, após o fato.
Três dias antes, o comandante de um Airbus A321 da TAM teve que arremeter o pouso devido à presença de um balão junino na rota da aeronave. No mesmo dia em que o jatinho teve que desviar durante a rota de pouso, outro reporte foi feito ao Cenipa, relatando que um balão de aproximadamente 25 m permanecia próximo à pista.
“O balão permaneceu estacionário naquela posição por aproximadamente uma hora. Pois ao retornar para uma nova decolagem havia outra aeronave reportando o mesmo balão à torre. Isso também demonstra que não houve comunicação da torre com o controle para avisar a aeronave que estava chegando sobre a presença do balão”, diz o comunicado.
Rádios piratas
Na manhã de quarta-feira (4), oito rádios piratas foram fechadas em Mairiporã, na Grande São Paulo. Segundo o COE (Comando de Operações Especiais) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as estações clandestinas podem atrapalhar a comunicação entre a torre de controle e as aeronaves. Duas pessoas foram detidas.
Na manhã de quarta-feira (4), oito rádios piratas foram fechadas em Mairiporã, na Grande São Paulo. Segundo o COE (Comando de Operações Especiais) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as estações clandestinas podem atrapalhar a comunicação entre a torre de controle e as aeronaves. Duas pessoas foram detidas.
Segundo o controlador de voo Daniel Ramos, que tem 16 anos de experiência e trabalha na torre de Guarulhos, esse tipo de interferência caiu bastante, mas ainda acontece. Ele explica que se for perdida a comunicação, o controlador tem que procurar outra alternativa.
— Se a interferência for tal, que o piloto não consiga contato, ou vice-versa, e não tenhamos a certeza que o piloto está recebendo nossas transmissões, transmitimos as instruções "às cegas" como chamamos, incluído aí uma frequência alternativa. Também fazemos uso da pistola de sinalização, se as condições meteorológicas o permitirem. Esta emite feixes luminosos em diferentes cores, que se forem sinais contínuos ou intermitentes, tem seus significados padronizados. O uso da pistola, porém, permite apenas instruções simples.
Aves
Problema frequente na maioria dos aeroportos em todo o mundo, a presença de aves é sempre um risco. Em Guarulhos, desde o começo deste ano, foram reportados 120 casos. Em mais de 80% dos casos houve colisão com a aeronave, segundo os dados do Cenipa. Boa parte das aves é encontrada após o pouso, quando é feita a inspeção nos motores. Mas há casos de animais que atingem a aeronave durante a decolagem, como o que aconteceu com um voo da TAM no dia 19 de agosto. Um dos motores do Airbus chegou a ser atingido.
Problema frequente na maioria dos aeroportos em todo o mundo, a presença de aves é sempre um risco. Em Guarulhos, desde o começo deste ano, foram reportados 120 casos. Em mais de 80% dos casos houve colisão com a aeronave, segundo os dados do Cenipa. Boa parte das aves é encontrada após o pouso, quando é feita a inspeção nos motores. Mas há casos de animais que atingem a aeronave durante a decolagem, como o que aconteceu com um voo da TAM no dia 19 de agosto. Um dos motores do Airbus chegou a ser atingido.
Um de nossos administradores aqui da 'voeaaan' que já passou pelo desconforto, diz: "É horrível, é tanto um desconforto para o passageiro, tanto para a tripulação, e o pior, é que ficamos sem saber o que está acontecendo".
Fonte: R7 (Adaptado)
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